terça-feira, 28 de maio de 2013

Eutanásia direito a vida ou morte digna

Eutanásia (do grego ευθανασία - ευ "bom", θάνατος "morte") é a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida por um especialista.

A eutanásia representa atualmente uma complicada questão de bioética e biodireito, pois enquanto o Estado tem como princípio a proteção da vida dos seus cidadãos, existem aqueles que, devido ao seu estado precário de saúde, desejam dar um fim ao seu sofrimento antecipando a morte.

Independentemente da forma de eutanásia praticada, seja ela legalizada ou não (tanto em Portugal como no Brasil esta prática é considerada ilegal), ela é considerada um assunto controverso, existindo sempre prós e contras – teorias eventualmente mutáveis com o tempo e a evolução da sociedade, tendo sempre em conta o valor de uma vida humana. Sendo eutanásia um conceito muito vasto, distinguem-se aqui os vários tipos e valores intrinsecamente associados: eutanásia, distanásia, ortotanásia, a própria morte e a dignidade humana.

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a eutanásia pode ser dividida em dois grupos: a "eutanásia ativa" e a "eutanásia passiva". Embora existam duas "classificações" possíveis, a eutanásia em si consiste no ato de facultar a morte sem sofrimento a um indivíduo cujo estado de doença é crônico e, portanto, incurável, normalmente associado a um imenso sofrimento físico e psíquico.

A "eutanásia ativa" conta com o traçado de acções que têm por objectivo pôr término à vida, na medida em que é planeada e negociada entre o doente e o profissional que vai levar e a termo o acto.

A "eutanásia passiva" por sua vez, não provoca deliberadamente a morte, no entanto, com o passar do tempo, conjuntamente com a interrupção de todos e quaisquer cuidados médicos, farmacológicos ou outros, o doente acaba por falecer. São cessadas todas e quaisquer ações que tenham por fim prolongar a vida. Não há por isso um acto que provoque a morte (tal como na eutanásia ativa), mas também não há nenhum que a impeça (como na distanásia).

É relevante distinguir eutanásia de "suicídio assistido", na medida em que na primeira é uma terceira pessoa que executa, e no segundo é o próprio doente que provoca a sua morte, ainda que para isso disponha da ajuda de terceiros.

Etimologicamente, distanásia é o oposto de eutanásia. A distanásia defende que devem ser utilizadas todas as possibilidades para prolongar a vida de um ser humano, ainda que a cura não seja uma possibilidade e o sofrimento se torne demasiadamente penoso.


A favor

Para quem argumenta a favor da eutanásia, acredita-se que esta seja um caminho para evitar a dor e o sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem qualidade de vida, um caminho consciente que reflete uma escolha informada, o término de uma vida em que, quem morre não perde o poder de ser ator e agente digno até ao fim.

São raciocínios que participam na defesa da autonomia absoluta de cada ser individual, na alegação do direito à autodeterminação, direito à escolha pela sua vida e pelo momento da morte. Uma defesa que assume o interesse individual acima do da sociedade que, nas suas leis e códigos, visa proteger a vida. A eutanásia não defende a morte, mas a escolha pela mesma por parte de quem a concebe como melhor opção ou a única.

A escolha pela morte não poderá ser irrefletida. As componentes biológicas, sociais, culturais, econômicas e psíquicas têm que ser avaliadas, contextualizadas e pensadas, de forma a assegurar a verdadeira autonomia do indivíduo que, alheio de influências exteriores à sua vontade, certifique a impossibilidade de arrependimento.

Quando uma pessoa passa a ser prisioneira do seu corpo, dependente na satisfação das necessidades mais básicas; o medo de ficar só, de ser um "fardo", a revolta e a vontade de dizer "Não" ao novo estatuto, levam-no a pedir o direito a morrer com dignidade. Obviamente, o pedido deverá ser ponderado antes de operacionalizado, o que não significa a desvalorização que tantas vezes conduz esses homens e mulheres a lutarem pela sua dignidade anos e anos na procura do não prolongamento de um processo de deterioramento ou não evolução.

"A dor, sofrimento e o esgotamento do projeto de vida, são situações que levam as pessoas a desistirem de viver" (Pinto, Silva – 2004 - 36) Conduzem-nas a pedir o alívio da dor, a dignidade e piedade no morrer, porque na vida em que são "atores" não reconhecem qualidade. A qualidade de vida para alguns homens não pode ser um demorado e penoso processo de morrer.

No Brasil, normalmente é apontado como suporte a essa posição o art. 1º, III, da Constituição Federal, que reconhece a "dignidade da pessoa humana" como fundamento do Estado Democrático de Direito, bem como o art. 5º, III, também da Constituição da República, que expressa que "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante", além do art. 15 do Código Civil que expressa que "Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de morte, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica", o que autoriza o paciente a recusar determinados procedimentos médicos, e o art. 7º, III, da Lei Orgânica de Saúde, de nº 8.080/90, que reconhece a "preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral".

No Estado brasileiro de São Paulo, existe a Lei dos Direitos dos Usuários dos Serviços de Saúde do Estado de São Paulo, de nº 10.241/99, que em seu art. 2º, Inciso XXIII, expressa que são direitos dos usuários dos serviços de saúde no Estado de São Paulo "recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários para tentar prolongar a vida".

A autonomia no direito a morrer não é permitida em detrimento das regras que regem a sociedade, o comum, mas numa política de contenção económica, não serão os custos dessa obrigatoriedade elevados?

Além do mais, em um país como o Brasil, onde o acesso à saúde pública não é satisfatório, a prática da eutanásia é muitas vezes encarada como um modo de proporcionar a doentes de casos emergenciais uma vaga nos departamentos de saúde.


Muitos são os argumentos contra a eutanásia, desde os religiosos, éticos até os políticos e sociais. Do ponto de vista religioso a eutanásia é tida como uma usurpação do direito à vida humana, devendo ser um exclusivo reservado ao Senhor, ou seja, só Deus pode tirar a vida de alguém. "algumas religiões, apesar de estar consciente dos motivos que levam a um doente a pedir para morrer, defende acima de tudo o caráter sagrado da vida,…" (Pinto, Susana; Silva, Florido,2004, p. 37).

Da perspectiva da ética médica, tendo em conta o juramento de Hipócrates, segundo o qual considera a vida como um dom sagrado, sobre a qual o médico não pode ser juiz da vida ou da morte de alguém, a eutanásia é considerada homicídio. Cabe assim ao médico, cumprindo o juramento Hipocrático, assistir o paciente, fornecendo-lhe todo e qualquer meio necessário à sua subsistência. Para além disto, pode-se verificar a existência de muitos casos em que os indivíduos estão desenganados pela Medicina tradicional e depois procurando alternativas conseguem curar-se.

"Nunca é lícito matar o outro: ainda que ele o quisesse, mesmo se ele o pedisse (…) nem é lícito sequer quando o doente já não estivesse em condições de sobreviver" ( Agostinho inEpístola)

Outro dos argumentos contra, centra-se na parte legal, uma vez que o Código Penal atual não especifica o crime da eutanásia, condenando qualquer ato antinatural na extinção de uma vida. Sendo quer o homicídio voluntário, o auxilio ao suicídio ou o homicídio mesmo que a pedido da vitima ou por "compaixão", punidos criminalmente.

O dicionário Houaiss diz que eutanásia é “ato de proporcionar morte sem sofrimento a um doente atingido por afecção incurável que produz dores intoleráveis”. O dicionário Aurélio afirma que eutanásia é: “1. Morte serena, sem sofrimento. 2. Prática pela qual se busca abreviar, sem dor ou sofrimento, a vida dum enfermo reconhecidamente incurável”. O dicionário De Plácido e Silva, considera que Eutanásia é “derivado do grego eu (bom) e thanatos (morte) quer significar, vulgarmente, a boa morte, a morte calma, a morte doce e tranquila“. Juridicamente, entende-se o direito de matar ou o direito de morrer, em virtude de razão que possa justificar semelhante morte, em regra provocada para término de sofrimentos, ou por medida de seleção, ou de eugenia. A eutanásia provocada por outrem, ou a morte realizada por misericórdia ou piedade, constitui o homicídio ou criem eutanásico, considerado como a suprema caridade. Não é, no entanto, a eutanásia admitida pelo nosso Direito Penal. Mas admitem-na outras legislações. E ainda apegando-nos as referências essências da ética, e em particular a da moral católica, que desenvolveu amplamente os temas relacionados a bioética, devemos esclarecer o alcance do assunto correlativo, que leva o nome de “dignidade da morte” ou de “humanização da morte” A eutanásia é um assunto que sempre foi discutido, afinal era muito utilizada principalmente por povos primitivos, como afirma o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso. Há muito tempo atrás os Celtas tinham em sua cultura o “hábito que os filhos matassem os seus pais quando estes estivessem velhos e doentes” e na Índia era ainda pior, “os doentes incuráveis eram levados até a beira do rio Ganges, onde tinham as suas narinas e a boca obstruídas com o barro”, muito tempo se passou e este assunto foi discutido por muitos filósofos como Platão, Sócrates. Mais tarde, no século XX na Europa, pensou em usar este procedimento para eugenia, eliminando assim os que para a sociedade não são “prósperos”, sendo uma verdadeira matança. Um fato recente ocorrido no Brasil foi em 1996, quando no Senado Federal o senador Gilvam Borges (PMDB-AP), propôs um projeto de lei (125/96) que pretendia liberar a prática em algumas situações, sendo arquivada pelos parlamentares. Diferentemente deste é o conceito do deputado Osmâmio Pereira (PTB-MG) do qual, indagou a idéia de ser considerada a eutanásia crime hediondo, sendo o seu projeto de lei também arquivado. Logo entendemos que no Brasil este procedimento não é aceito e sequer é mencionado na Constituição Federal, e ainda alguns juristas acreditam que quando é praticada essa conduta pode ser aplicado ao autor o artigo 121 do código penal que é “matar alguém”, considerado crime doloso. Mais recentemente ainda, a campanha da fraternidade lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2008, “Escolhe, pois a vida” se manifestava dentro outras coisas, contra a eutanásia. Sendo no Brasil a eutanásia considerada homicídio dolosa.



As pessoas com doença crônica e, portanto, incurável, ou em estado terminal, têm naturalmente momentos de desespero, momentos de um sofrimento físico e psíquico muito intenso, mas também há momentos em que vivem a alegria e a felicidade. Estas pessoas lutam dia após dia para viverem um só segundo mais. Nem sempre um ser humano com uma determinada patologia quer morrer "porque não tem cura"! Muitas vezes acontece o contrário, tentam lutar contra a Morte, tal como refere Lucien Israël: "Não defendem uma politica do tudo ou nada. Aceitam ficar diminuídos desde que sobrevivam, e aceitam sobreviver mesmo que sintam que a doença os levará um dia. (…) dizem-nos com toda a simplicidade: se for necessário, eu quero servir de cobaia. (…) arriscam o termo para nos encorajarem à audácia. (Israël, Lucien; 1993; 86-87).

Contrariando esta tendência de luta a todo o custo, em alguns casos surgem os doentes que realmente estão cansados de viver, que não aguentam mais sentirem-se "um fardo", ou sentirem-se sozinhos, apenas acompanhados por um enorme sofrimento de ordem física, psíquica ou social. Uma pessoa cuja existência deixou de lhe fazer sentido sofre, no seu íntimo, e muitas vezes isolada no seu mundo interior; sente que paga a cada segundo que passa uma pena demasiadamente pesada pelo simples facto de existir.

Nesta altura, e quando a morte parece ser a única saída que o doente vislumbra, dever-se-á informar o doente dos efeitos, riscos, dos sentimentos, das reações que a Eutanásia comporta, da forma como é ou vai ser praticada. Só assim o doente poderá decidir conscienciosamente e ter a certeza de que, para si, essa é a melhor opção. No entanto, e a par da informação, o doente deve ser acompanhado psicologicamente, a fim de se esclarecer que este não sofre de qualquer distúrbio mental, permanente ou temporário, e está capacitado para decidir por si e pela sua Vida.

Há autores que defendem que um ser humano, ainda que a sofrer demasiado, se bem tratado, não pede a Eutanásia. Hoje em dia podem ser administrados analgésicos e outros fármacos que minimizam o sofrimento e efeitos da doença e de intervenções técnicas, a uma pessoa em estado terminal.

"Não podemos admitir que estas pessoas não tenham um acompanhamento digno na sua morte e no seu percurso até ela. Não podemos fechar os olhos a alguém que com muito sacrifício se abre conosco e manifesta o desejo de morrer; não podemos ignorar um pedido de Eutanásia e deixá-lo passar em branco! Os pedidos de Eutanásia por parte dos doentes são muitas vezes pedidos de ajuda, implorações para que se pare o seu sofrimento! Segundo estes autores, a maioria das pessoas que se encontram na recta final da sua vida, não desiste! Estas pessoas "Persistem e dão-nos coragem para fazermos o mesmo." (Israël, Lucien; 1993;87).

Talvez a esta altura seja pertinente pensarmos que um dia podemos ser nós, um familiar ou um amigo próximo, a estar numa situação em que "não há mais nada a fazer"; para essas pessoas, resta-lhes a esperança e apoio da família. Muitas pessoas que se encontram nesta fase, sentem-se um peso pela doença e a necessidade de cuidados e pela preocupação e o cansaço estampados nos rostos daqueles que amam e estavam habituados a ver sorridentes.

No entanto, e após as relações anteriores, não é correto pensar que um pedido de Eutanásia não possa ser um pedido refletido e ser a verdadeira vontade daquele Ser Humano, alheia a factores econômicos  sociais, culturais, religiosos, físicos e psíquicos.
Família e sociedade.

O Homem como animal cultural, social e individual, quando inserido nos diferentes grupos, vai oferecer-lhes toda a sua complexidade que caracteriza o particular e o comum aos diferentes elementos que os constituem. A família grupo elementar que é para cada indivíduo e para a Sociedade, quando confrontado com a morte reage na sua especificidade que a caracteriza, quando o confronto é com as diferentes situações que podem levar um ser humano a lutar pelo direito a morrer, essas especificidades não desaparecem.

É a diferença essencialmente cultural e social, que faz com que a legislação mude de país para país, que faz com que os Países Baixos tenha legalizado a eutanásia e o nosso país não.

Num país como Portugal em que a morte tem perdido visibilidade, é excluída de práticas antigas, os familiares são afastados, as crianças não sabem o que é, os processos de luto são cada vez menos vividos e morre-se mais nos hospitais, no lar ou em casa dependente nos cuidados. Uns por opção e altruísmo, pelo manter do seu papel e estatuto social, como opção lúcida e reconhecida; outros por medo, por a família não aceitar ou não querer vivenciar essa última fase em que culmina a vida.

Em Portugal morrer sozinho pode ser mais do que um título, é muitas vezes realidade ou uma escolha.

Num país em que esperança média de vida aumenta, em que a todo o momento se vende o light e o saudável, contrasta a realidade dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) como primeira causa de morte e as doenças de foro oncológico como segunda. Muitas doenças "arrastam-se" para a cronicidade com o aumento de esperança de vida vigente na nossa Sociedade. No nosso país a maioria das pessoas quer salvar, ainda não considera o término do sofrimento como algo qualitativo, em detrimento do arrastar da decadência física e psíquica. O "fazer tudo que estiver ao seu alcance para manter a vida" é o mais aceite na nossa Sociedade, no entanto o acto de promover a morte antes do que seria de esperar, por motivo de compaixão e diante de um sofrimento penoso e insuportável, sempre foi motivo de reflexão por parte da Sociedade. Frequentemente a família divide-se entre o que existe entre a eutanásia e a distanásia.

Salvar, fazer uso dos meios, do conhecimento, dos dadores, de todos os recursos para salvar é lógico. No entanto, os cuidados paliativos que visam a melhor qualidade de vida possível para o doente e para a família, pode ou não equivaler a definição de qualidade desses intervenientes, o que pode levantar dúvidas, despoletar as habituais polémicas associadas ao debate do tema. Quando se fala neste, as opiniões divergem, o debate acende-se e os extremos refutam com prós e contras, sendo a maioria contra.

Num país laico, como Portugal, em que a maioria da sua população é de orientação religiosa cristã, rege-se pela palavra de Deus inscrita na Bíblia, segue maioritariamente o que Deus ordena;"Não matarás". Também por isto é fácil compreender o número de famílias que não considera eutanásia como opção.

Perante o tabu da morte e a família como um elemento cuidador e na sociedade, existe inúmeros contextos e particularidades é necessário definir o comum. A eutanásia continuará a suscitar grande polêmica na sociedade, de argumentos supostamente válidos entre os que defendem a legalização e os que a condenam, havendo assim necessidade de compreender a moral à prática concreta dos homens enquanto membros de uma dada sociedade, com condicionalismos diversos e específicos, e refletir sobre essas práticas (ética), afinal a vida humana é direito em qualquer sociedade.
A óptica da enfermagem

O exercício da atividade profissional de enfermagem, pauta-se pelo respeito à dignidade humana desde o nascimento à morte, devendo o enfermeiro ser um elemento interveniente e participativo em todos os atos que necessitem de uma componente humana efetiva por forma a atenuar o sofrimento, todos os actos que se orientem para o cuidar, individualizado e holístico.

As necessidades de um doente em estado terminal, muitas vezes isolado pela sociedade, aumentam as exigências no que respeita a cuidados de conforto que promovam a qualidade de vidafísica, intelectual e emocional sem descurar a vertente familiar e social.

Apesar desta consciência, lidar com situações limite, potencia um afastamento motivado por sentimentos de impotência perante a realidade. Este contexto agrava-se se o profissional de saúde(cuidador) for confrontado com uma vontade expressa pelo doente em querer interromper a sua vida. Como agir perante o princípio de autonomia do doente? Como agir perante o direito de viver? Perante este quadro, com o qual nos poderemos deparar um dia, há que ter um profundo conhecimento das competências, obrigações e direitos profissionais, de forma a respeitar e proteger a vida como um direito fundamental das pessoas.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Terra planeta agua

Um dos principais problemas ambientais é a crescente contaminação da água, ou seja, este recurso vem sendo poluído de tal maneira que já não se pode consumi-lo em seu estado natural. As pessoas utilizam a água não apenas para beber, mas também para se desfazer de todo tipo de material e sujeira. Quando as águas contaminadas com numerosas substâncias, vão para os rios e mares, as substâncias poluentes que elas transportam se acumulam e aumentam a contaminação geral das águas.

Quase toda água do planeta é salgada, pois está nos mares e não pode ser consumida pelos seres humanos. Apenas 3%da água do planeta está nos lagos, rios, nascentes e lençóis. Porém, mais da metade dos rios do mundo diminuíram seus fluxos e estão contaminados, tornando-se ameaça à saúde das pessoas. Esses rios estão tanto em países pobres quanto nos países ricos.

O rio Amazonas (maior rio do mundo em volume d'água e comprimento) e o Congo (sétimo rio do mundo e segundo maior da África) são considerados rios sobreviventes. Isso explica o interesse do mundo na proteção da Amazônia porque a bacia do rio Amazonas é o maior filão de água doce do planeta.

Relatórios da ONU apontam que 1 bilhão de pessoas não tem acesso à água tratada e, com isso, 4 milhões de crianças morrem devido a doenças como o cólera e a malária. Atualmente a água já é uma ameaça à paz mundial, pois muitos países da Ásia e do Oriente Médio disputam recursos hídricos.

Vinte e nove países já têm problemas de falta d'água e o quadro tende a piorar. Uma projeção feita pelos cientistas indica que no ano de 2025, dois de três habitantes do planeta serão afetados pela escassez - vão passar sede ou estarão sujeitos a doenças como cólera e amebíase, provocadas pela qualidade da água.

A escassez de água se deve à má gestão dos recursos hídricos e uma das maiores agressões para a formação de água doce é a ocupação e o uso desordenado do solo. A situação se agravará com o nascimento de 3 bilhões de pessoas, neste século, sendo a maioria em países que já têm escassez de água como Índia, China e Paquistão.

A Organização das Nações Unidas instituiu em 1992, o Dia Mundial da Água - 22 de março - para reflexão, discussão e busca de soluções para a poluição, desperdício e escassez de água no mundo todo. No entanto, existem outros desafios: saber usá-la de forma racional, conhecer os cuidados que devem ser tomados para garantir o consumo de uma água com qualidade e buscar condições para filtrá-la adequadamente, de modo a tirar dela o máximo proveito possível.

Cada ser humano é responsável pelo planeta onde vive, pois não pode simplesmente abandoná-lo quando estiver inservível. A Terra não é um meio de transporte que a pessoa pode escolher onde vai descer dele. Não podemos, simplesmente, trocar de planeta.O homem deve se conscientizar que faz parte da natureza e do universo. A natureza não existe para servi-lo e seus recursos não são inesgotáveis.

Os governantes precisam tomar medidas efetivas para conter a devastação da Terra, mas como a preocupação maior deles é com o desenvolvimento econômico e o consumo, cabe à comunidade mundial, que também precisa ser conscientizada e mobilizada, exigir políticas públicas que preservem o meio ambiente. Não resta outra alternativa a não ser cada um assumir sua responsabilidade e fazer a sua parte.

Abaixo, listamos algumas formas de economizar esse precioso líquido, pois sem ele, acreditam os cientistas, não existiria vida no planeta.
Se em apenas cinco minutos você escovar os dentes com a torneira escancarada, 12 litros de água potável serão desperdiçados. Você pode economizar 16.425 litros de água por ano ao escovar os dentes, basta molhar a escova e depois fechar a torneira. Volte a abri-la somente para enxaguar a boca e a escova.
Não há nada mais fora de moda que usar a mangueira de água para varrer a calçada. Em 15 minutos, 280 litros de água escorrem pelo ralo inutilmente. Espante a preguiça, pegue a vassoura, junte a sujeira, recolha com a pá e só depois enxague o chão.
Ao lavar a roupa, não deixe que a água utilizada desça pelo ralo inutilmente. Utilize-a para lavar o chão da cozinha, do quintal, ou até mesmo na descarga do vaso sanitário.
Não demore muito tempo no chuveiro. Em média, um banho consome 70 litros de água em apenas 5 minutos, ou seja, 25.550 litros por ano.
Preste atenção ao consumo mensal da conta de água. Você poderá descobrir vazamentos que significam enorme desperdício de água. Faça um teste: feche todas as torneiras e os registros de casa e verifique se o hidrômetro - aparelho que mede o consumo de água - sofre alguma alteração. Se alterar, está comprovado. Tome as providências cabíveis para evitar o desperdício de água e de dinheiro.
Prefira lavar o carro com balde em lugar da mangueira. O esguicho aberto gasta aproximadamente 600 litros de água. Se você usar o balde, o consumo cairá para 60 litros.

São pequenos gestos que conduzirão a grandes mudanças se forem adotados por todos nós. Um bom começo é praticar os "três erres": reduzir, reutilizar e reciclar. A luta pela sustentabilidade será vencida em diversas frentes que vão da tecnologia à política. Mas em todas elas será preciso a mudança de hábitos pessoais. É preciso fazer algo. E devemos fazer já.

Um sábio chinês chamado Confúcio disse, há cinco mil anos, que modificar o mundo é modificar a si mesmo. Então, façamos a nossa parte, tomando atitudes positivas e modificando nosso comportamento, se ele estiver inadequado. Vamos discutir com os amigos, vizinhos, o pessoal do prédio, provocar mudanças e praticar maneiras efetivas de proteger o meio ambiente.

Autora: Eliene Ferreira Santos

sábado, 25 de maio de 2013

O que é pedofilia?


A pedofilia está entre as doenças classificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) entre os transtornos da preferência sexual. Pedófilos são pessoas adultas (homens e mulheres) que têm preferência sexual por crianças – meninas ou meninos - do mesmo sexo ou de sexo diferente, geralmente pré-púberes (que ainda não atingiram a puberdade) ou no início da puberdade, de acordo com a OMS.

A pedofilia em si não é crime, no entanto, o código penal considera crime a relação sexual ou ato libidinoso (todo ato de satisfação do desejo, ou apetite sexual da pessoa) praticado por adulto com criança ou adolescente menor de 14 anos. Conforme o artigo 241-B do ECA é considerado crime, inclusive, o ato de “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.”

A maioria dos pedófilos são homens, e o que facilita a atuação deles é a dificuldade que temos para reconhecê-los, pois aparentam ser pessoas comuns, com as quais podemos conviver socialmente sem notar nada de anormal nas suas atitudes. Em geral têm atividades sexuais com adultos e um comportamento social que não levanta qualquer suspeita. Eles agem de forma sedutora para conquistar a confiança e amizade das crianças.

Pedófilos costumam usar a Internet pela facilidade que ela oferece para encontrarem suas vítimas. Nas salas de bate-papo ou redes sociais eles adotam um perfil falso e usam a linguagem que mais atrai as crianças e adolescentes. Por isso é muito importante não divulgar dados pessoais na Internet, como sobrenome, endereço, telefone, escola onde estuda, lugares que frequenta, e fotos, que podem acabar nas mãos de pessoas mal intencionadas.

De acordo com Anderson Batista, fundador do site Censura, “às vezes, a criança envia uma foto para um colega de classe e essa imagem acaba caindo na rede dos pedófilos. Ou porque alguém ligado ao colega que recebeu a foto está numa rede de pedofilia, ou porque a imagem foi colocada em algum blog e, com isso, se tornou pública”.





Atenção: Violência sexual contra criança e adolescente é crime!

Para denunciar por telefone: Ligue para o número 100, do Disque Denúncia Nacional, subordinado à Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça. A ligação é gratuita e o serviço funciona diariamente das 8h às 22h, inclusive nos finais de semana e feriados. As denúncias recebidas são analisadas e encaminhadas aos órgãos de defesa e responsabilização, num prazo de 24h.

Denúncia por e-mail: É possível também enviar uma mensagem para a Secretaria Especial dos Direitos Humanos no e-mail: disquedenuncia@sedh.gov.br.

Em ambos é possível:
• denunciar violências contra crianças e adolescentes;
• colher informações acerca do paradeiro de crianças e adolescentes desaparecidos, tráfico de crianças e adolescentes; e
• obter informações sobre os Conselhos Tutelares.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Efeitos das drogas na família

O consumo do crack pode causar impactos profundos nas relações sociais e familiares do usuário. Quando o uso da droga se torna frequente, a pessoa deixa de sentir prazer em outros aspectos da vida, como o convívio com parentes e amigos. Toda a dinâmica familiar e social é afetada por esse comportamento, fragilizando os relacionamentos.

Segundo a psicoterapeuta familiar Eroy Silva, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o uso abusivo do crack está associado ao isolamento, perda ou afastamento do trabalho, estreitamento do repertório social e problemas familiares como separações conjugais, deterioração da convivência e isolamento. “O usuário se afasta do círculo familiar e dos amigos e passa a maior parte do tempo sozinho consumindo a droga ou com pessoas que também fazem o uso. As relações são caracterizadas mais pelo consumo coletivo da droga do que por vínculos afetivos”, afirma.

No casal, a relação de cumplicidade e o cuidado com o relacionamento deixam de existir - a droga passa a ser o centro das atenções. “O usuário de crack não consegue se organizar, ter ritmo, ser constante. Além disso a depressão e a angústia o impedem de cuidar de outros e mesmo de estabelecer relações estáveis”, explica a psicóloga Raquel Barros, da ONG Lua Nova.

“A perda da guarda de filhos é uma consequência comum. A criança precisa de cuidados especiais, ritmo e relações saudáveis para que possa se desenvolver. O uso constante de crack é inversamente proporcional aos cuidados necessários que um pai ou uma mãe devem dar”, reforça. Neste sentido, o resgate das relações de apoio e/ou dos vínculos familiares é aspecto importante para o tratamento e a reinserção social do usuário.

O uso do crack tende a fragilizar todas as pessoas que fazem parte da vida do dependente e sentimentos como desespero, angústia e medo acabam por permear as relações familiares. “Diante da droga, muitas famílias acabam se escondendo e se culpando, pois têm de enfrentar mais problemas do que aqueles que já estão habituados a encarar. É um movimento que gera mais fragilidade e impotência e reforça ainda mais o espaço da droga na vida das pessoas”, acredita.

Ela ressalta, entretanto, que essas situações são muitas vezes causa e conseqüência do uso da droga. “Em relações frágeis, o uso do crack acaba potencializando a fragilidade e acentuando ainda mais as dificuldades que já existiam”, diz.

No áudio e no vídeo a seguir, um ex-usuário de crack fala sobre os impactos da droga em seu comportamento e como conseguiu se recuperar.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

BRASIL E GUATEMALA NEGOCIAM ACORDO DE COOPERAÇÃO PARA O COMBATE ÀS DROGAS


Brasília-DF – Os governos do Brasil e da Guatemala (América Central) negociam acordos de cooperação para o combate ao tráfico de drogas e nas áreas de ciência, tecnologia e educação. Os dois países também tentam consolidar uma rede internacional para bancos de leite humano, assim como um plano de eletrificação rural. Os temas são os principais assuntos da visita ao Brasil do ministro das Relações Exteriores da Guatemala, Luis Fernando Carrera. Ele ficará dois dias no país.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reúne-se hoje (15) com Carrera. Segundo autoridades guatemaltecas, o chanceler Carrera tem reuniões em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte com empresários interessados em investir no seu país. Em Brasília, há encontros também com parlamentares no Congresso.

É a primeira visita do chanceler guatemalteco ao Brasil desde que assumiu o cargo há quatro meses. Atualmente a cooperação bilateral entre o Brasil e a Guatemala envolve as áreas de segurança alimentar, infraestrutura, segurança pública e defesa.

Na reunião, Patriota e Carrera também vão tratar sobre temas de governança regional e global, com ênfase na Organização dos Estados Americanos (OEA) e na Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2012 e 2013, a Guatemala ocupa, pela primeira vez, assento não permanente no Conselho de Segurança da ONU.

O comércio entre o Brasil e a Guatemala cresceu 52,4% de 2003 a 2012. No ano passado, as exportações brasileiras para o país da América Central somaram US$ 237,7 milhões, dos quais 75,9% correspondem a produtos industrializados. De janeiro a março de 2013, o comércio bilateral alcançou US$ 68,3 milhões, 44,4% a mais do que o total apurado no mesmo período de 2012.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Tensão pré menstrual


A TPM , também conhecida como tensão pré-menstrual, é um conjunto de sintomas desconfortáveis que atinge grande parcela das mulheres na época da fase lútea tardia, permanecendo até o começo da menstruação.

Entendendo a TPM

Nem todas as mulheres sentem os sintomas e efeitos da tensão pré-menstrual da mesma forma, pois algumas podem apresentar sintomas pouco significativos, enquanto outras, os efeitos são mais severos. Estes, podem interferir nas atividades cotidianas da mulher. Os sintomas mais típicos deste período são: nervosismo, irritação sem motivos significativos, depressão e sensibilidade. Estes sintomas podem manifestar-se isoladamente ou em conjunto. Com relação aos sintomas físicos, podemos citar: dores de cabeça, retenção de líquidos, sensibilidade nas mamas, dores musculares, etc.

Como vimos, esta situação que atinge muitas mulheres apresenta mudanças tanto físicas quanto psicológicas, contudo, não indica uma doença orgânica, mas sim, sintomas decorrentes durante o período do ciclo menstrual.

A TPM, muitas vezes, pode ser amenizada através de cuidados básicos e simples como, por exemplo, reeducação alimentar, diminuição da ingestão de cafeína, diminuição do consumo de sal e a realização de atividades físicas.

Nesta fase, deve-se dar preferência ao consumo de determinados alimentos como, por exemplo, morango, alcachofra, salsa, aspargo, agrião, banana, batata, pêssego, tomate, etc. Alguns destes alimentos (exemplo: morango e melancia) funcionam como diuréticos naturais no organismo, e outros, como a banana, são riquíssimos em potássio.

Porém, há casos em que a simples mudança na dieta e a realização de atividades físicas não ajudam a diminuir os sintomas em algumas mulheres. Nestes casos, o indicado é procurar um médico (clínico geral ou ginecologista).

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Câncer de pele



O que é:

O câncer de pele é um dos mais comuns no Brasil, sendo o carcinoma basocelular o mais frequente e menos agressivo, e o melanoma é o mais agressivo. O câncer de pele pode ser detectado através de sintomas como feridas na pele que não cicatrizam em 4 semanas, ou manchas que mudam de forma ou de cor. Seu tratamento é feito através de radioterapia e de quimioterapia, mas por vezes a cirurgia e a crioterapia podem ser utilizadas.
Sintomas de câncer de pele

O câncer de pele é caracterizado por um ferida em qualquer região da pele que têm pelo menos 1 destas características:
A - Assimetria da lesão: Quando partimos a lesão ao meio, uma metade difere da outra metade;
B - Bordo irregular: O contorno das lesões cancerígenas são irregulares e não formam uma bola;
C - Cor: As lesões cancerígenas possuem várias cores, podendo ser pretas e marrons com áreas mais avermelhadas, por exemplo;
D - Diâmetro: As lesões cancerígenas geralmente possuem mais de N mm de diâmetro.

O câncer de pele é sempre classificado como sendo melanoma ou não melanoma.

Diagnóstico do câncer de pele

O diagnóstico do câncer de pele pode ser feito pelo dermatologista ao observar a lesão mas a biópsia do tecido é fundamental para saber de que tipo de câncer de pele se trata.
Causas do câncer de pele

O câncer de pele pode ser causado por:
Exposição solar sem protetor solar;
Casos de câncer na família;
Fumar;
Úlcera de Marjolin não tratada pode causar um câncer de pele;
Estar infectado com o HPV aumenta o risco de câncer de pele nos dedos e na região genital;

Indivíduos com uma doença de pele chamada Xerodermia pigmentosa são mais propensas em desenvolver o câncer de pele assim como aquelas que tenham sofrido grandes queimaduras ou que tenham feridas e cicatrizes extensas.
Tratamento para câncer de pele

O tratamento para o câncer de pele pode ser feito com:
Radioterapia;
Quimioterapia;
Cirurgia;
Crioterapia;
Eletrodissecção ou
Curetagem.

A escolha da terapêutica adequada vai depender de fatores como localização do câncer, estado de saúde do indivíduo, características do tumor e idade do paciente.
Prevenção do câncer de pele

Para prevenir o desenvolvimento de um câncer de pele recomenda-se:
Usar protetor solar diariamente, inclusive nos dias nublados;
Usar chapéus e óculos de sol sempre que estiver exposto ao sol;
Evitar todos os outros fatores de risco para o câncer de pele como parar de fumar e tratar muito bem as feridas na pele;
Indivíduos com cicatrizes cirúrgicas ou de feridas ou que tenham realizado uma tatuagem devem sempre cobrir muito bem a zona com protetor solar sempre que a área estiver exposta ao sol.


domingo, 19 de maio de 2013

Crack e cocaina é possivel vencer





A cocaína é produzida a partir de folhas de coca, e geralmente é um pó branco, mas com outras formas de produção pode-se chegar à uma pedra (crack). Normalmente, os traficantes colocam outros compostos juntos ao pó branco (como talco, areia fina, etc) para "render" mais. Quando introduzida direto na veia, os efeitos são imediatos, como pode ver a seguir.

Efeitos

Os efeitos da cocaína quando cheirada demoram de 1 a 2 minutos para começarem, e se prolongam por 30-40 minutos. Se for introduzida na veia ou fumada, os efeitos aparecem instantaneamente, mas duram pouco mais de 10 minutos, após isso vem a depressão.

Lista de efeitos:
- Sensação de estar mais forte, inteligente, enérgico, ativo
- falta de apetite
- ansiedade
- sensação de estar sendo perseguido/observado
- agressividade
- desejo sexual
- impotência sexual
- aceleração dos batimentos cardíacos
- pupilas dilatadas

Se o usuário utilizar a cocaína em altas doses, ele poderá ter:
- convulsões
- dor de cabeça
- tonturas
- perda de interesse por sexo
- ataques cardíacos
- overdose
- psicose (alucinações, ouvir vozes, etc)
- derrame cerebral (AVC), pode ocorrer em pequenas doses também!

Por causa de seus efeitos curtos, o usuário logo procurará a droga novamente, começando o ciclo do vício (fumar-depressão-fumar-depressão-fumar..).



Crack

O crack tem os mesmos efeitos que a cocaína, mas são mais intensos. por causa disso, ao final do efeito, o usuário sentirá uma depressão prolongada, fazendo-o fumar a pedra denovo. O risco de morte fica maior com o crack.
História

A folha de coca foi descoberta a mais de 3000 anos, mas a cocaína somente surgiu em 1862, quando o químico Albert Niemann estava estudando a folha da coca, e desenvolveu o pó branco, chamado cloridrato de cocaína. Desde então, até o final do século XIX, a cocaína vinha sendo utilizada na medicina na produção de remédios, pastilhas, etc, por causa da sua capacidade anestésica. Isso possibilitou a primeira cirurgia oftalmológica. Mas o oftalmologista que a realizou, morreu por causa da dependência que a droga lhe trouxe.

A proibição do consumo da droga no mundo todo chegou nos primeiros anos do século XX, em razão de várias mortes atribuídas ao uso da cocaína.

sábado, 18 de maio de 2013

Falta profissionais qualificados




Um levantamento feito pela revista Exame apontou que no Brasil há uma carência de mais de 70 mil profissionais no ramo da Tecnologia da Informação. Para os especialistas, essa escassez é motivada pela falta de mão de obra qualificada.

De acordo com a empresa de recrutamento Fesa, em 2010, a busca por profissionais de TI aumentou 110% em relação ao ano anterior. A pesquisa, feita pela IBM, confirma a escassez de profissionais capacitados na área de TI. O estudo revela que 50% dos CEOs brasileiros sentem falta de mão de obra qualificada.

Remuneração média inicial: R$ 3.300

Técnico de desenvolvimento de sistemas:
Quantos são necessários: 63 mil
Quantos são atualmente: 58 mil
Quantos faltam: 5.000
Remuneração média inicial: R$ 1.500

Gerente de TI:
Quantos são necessários: 26 mil
Quantos são atualmente: 22 mil
Quantos faltam: 4.000
Remuneração média inicial: R$ 5.000

Administrador de banco de dados:
Quantos são necessários: 21,5 mil
Quantos são atualmente: 17,5 mil
Quantos faltam: 4.000
Remuneração média inicial: R$ 2.000

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A principais doenças contraídas pela água.


As principais doenças transmitidas pela água são:

•Diarréia infecciosa
•Cólera
•Leptospirose
•Hepatite
•Esquistossomose



Diarréia infecciosa:

Se a pessoa vai muitas vezes ao banheiro e as fezes saem líquidas ou muito moles, ela pode estar com diarréia. A diarréia pode ser provocada por micróbios adquiridos pela comida ou água contaminadas.

As diarréias leves quase sempre acabam sozinhas. No entanto, é preciso beber líquidos para evitar a desidratação, que é muito perigosa.

Uma criança com diarréia precisa continuar a ser amamentada ou continuar com a alimentação. Às crianças que já comem alimentos sólidos devem ser oferecidas misturas bem amassadas de cereais e feijão ou carne bem cozidos, por exemplo. Depois de a diarréia passar, é bom dar a ela uma alimentação extra, para ajudar na recuperação.

Crianças e idosos correm maior risco de desidratação. Por isso, é importante tomar também os sais de reidratação oral, fornecidos pelos postos de saúde. Eles devem ser misturados em água, na quantidade indicada na embalagem.

Na falta desses sais, podemos preparar e oferecer o soro caseiro. Assim: num copo com água fervida ou filtrada, dissolvemos uma pitada de sal e duas colheres de chá de açucar.

Algumas características importantes sobre doenças contraídas pela água:


Amebíase: causada por protozoários. Os sintomas incluem fadiga, diarreia, flatulência, desconforto abdominal e perda de peso.
Campilobacteriose: causada por bactérias. Os sintomas incluem diarreia, dor abdominal e febre.
Cólera: causada por bactérias. Os sintomas incluem cãibras musculares, vômitos e diarreia.
Criptosporidiose: causada por protozoários. Os sintomas incluem diarreia e desconforto abdominal.
Giardíase: causada por protozoários. Os sintomas incluem diarreia e desconforto abdominal.
Hepatite: causada por um vírus. Os sintomas incluem febre, calafrios, icterícia, urina escura e desconforto abdominal.
Shigelose: causada por bactérias. Os sintomas incluem fezes com sangue, diarréia e febre.
Febre tifóide: causada por bactérias. Os sintomas incluem febre, cefaléia, constipação, diarréia, náuseas, vômitos, perda de apetite e erupção cutânea abdominal.
Gastroenterite viral: causada por um vírus. Os sintomas incluem desconforto gastrointestinal, diarréia, vômito, febre e dor de cabeça.

Sempre é bom se prevenir fervendo a água ou evitando o consumo de água com coloração ou odores.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

As cobras mais venenosas do mundo

Cascavel: é o nome genérico dado às cobras venenosas dos géneros Crotalus e Sistrurus. As cascavéis possuem um chocalho característico na cauda, e estão presentes em todo o continente americano. Geralmente, refere-se mais especificamente à espécie Crotalus durissus, cuja área de distribuição se estende do México à Argentina. A cascavel, por razões não bem entendidas, em vez de sair completamente de sua pele antiga, mantém parte dela enrolada na cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o correr dos anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído característico. Embora no conceito popular o número de anéis do guizo às vezes é interpretado como correspondente a idade desta cobra, isto não é correto, pois no máximo poderia indicar o número de trocas de pele. A finalidade do som produzido pelo guizo é de advertir a sua presença e espantar os animais de grande porte que lhe poderiam fazer mal. É uma ótima chance de evitar o confronto.



Cobra-da-morte: Apropriadamente chamada cobra-da-morte, a espécie é encontrada na Austrália e Nova Guiné. Ela caça e mata outras serpentes, inclusive algumas dessa lista, geralmente através de emboscada. Parece bastante com as víboras, já que tem cabeça em formato triangular e corpos pequenos e achatados. Normalmente, injeta em torno de 40 a 100mg de veneno nas vítimas. Uma mordida não tratada da cobra-da-morte é uma das mais perigosas do mundo. O veneno é uma neurotoxina; uma picada provoca paralisia e pode causar a morte dentro de 6 horas, devido à insuficiência respiratória. Os sintomas geralmente alcançam seu auge em 24 a 48 horas depois do ataque. Antiveneno é muito bem sucedido no tratamento de sua mordida, particularmente devido à progressão relativamente lenta dos sintomas. Antes de desenvolvimento do antiveneno, uma mordida da cobra-da-morte tinha uma taxa de letalidade de 50%. Com o ataque mais rápido no mundo, a cobra-da-morte pode ir do chão à posição de ataque (e voltar) dentro de 0,13 segundos.



Víboras: são encontradas em quase todo o mundo, mas sem dúvida a mais venenosa é a víbora serrilhada e a víbora de Russel, encontradas principalmente no Oriente Médio e na Ásia Central (especialmente Índia, China e Sudeste Asiático). Víboras são rápidas e geralmente noturnas, muitas vezes ativas após chuvas. A maioria das espécies tem veneno que causa dor no local da picada, seguido imediatamente de inchaço do membro afetado. A hemorragia é um sintoma comum, especialmente a partir da gengiva. Há uma queda da pressão arterial e da frequência cardíaca. Bolhas ocorrem no local da picada. A necrose é geralmente superficial e limitada aos músculos perto da mordida, mas pode ser severa em casos extremos. Vômito e inchaço facial ocorrem em aproximadamente um terço dos casos. A dor severa pode durar de 2 a 4 semanas. Descoloração pode ocorrer em toda a área inchada, além de extravasamento de plasma para o tecido muscular. A morte por septicemia, insuficiência respiratória ou cardíaca pode ocorrer entre 1 e 14 dias após a mordida, ou mesmo mais tarde.



Naja: é um género de serpentes venenosas da família Elapidae (cobras), elas variam em toda a África, Sudoeste da Ásia, Sul da Ásia e Sudeste Asiático. Apesar de vários outros gêneros compartilharem o nome comum, a espécie Naja é o grupo mais reconhecido e mais difundido de cobras comumente conhecidos. O género Naja consiste de 20 a 22 espécies, mas sofreu várias revisões taxonômicas nos últimos anos, portanto, as fontes variam muito.Também são conhecidas pelos nomes populares de cobra-capelo, cobra-de-capelo (também escrito cobra de capelo ou cobra capelo). São animais peçonhentos, agressivos e bastante perigosos . Algumas espécies têm a capacidade de elevar grande parte do corpo e/ou de cuspir o veneno para se defender de predadores a distâncias de até dois metros. Outras espécies, como por exemplo a Naja tripudians, dilatam o pescoço quando o animal é enraivecido. A artimanha serve para "aumentar" seu tamanho aparente e assustar um possível predador. Atrás da cabeça, a naja também pode possuir um círculo branco parecido com um olho, também eficaz em amedrontar agressores que a confundam com um animal maior e mais perigoso.

Serpente tigre: Encontrada na Austrália, essa cobra tem um veneno neurotóxico muito potente. A morte por mordida de serpente-tigre pode ocorrer dentro de 30 minutos, mas normalmente leva 6 a 24 horas. Antes do desenvolvimento de um antídoto, a taxa de mortalidade de serpentes-tigre era de 60 a 70%. Os sintomas podem incluir dor localizada na região do pé e pescoço, formigamento, dormência e sudorese seguida por dificuldades respiratórias e paralisia. Essa cobra geralmente foge se encontrada, mas pode se tornar agressiva quando encurralada. Ataca com precisão infalível.


KRAIT MALASIANA:encontrada na Indonésia, esta espécie de cobra tem o veneno letal em grande parte das suas vítimas. Seu veneno é 16 vezes mais potente do que o da naja e, sem o antídoto, a chance de morte é de 85%.Kraits caçam e matam outras serpentes, mesmo canibalizando outras Kraits. Elas são uma raça noturna, e são mais agressivas sob a escuridão. No entanto, em geral são muito tímidas e preferem se esconder a lutar. Seu veneno é uma neurotoxina, 16 vezes mais potente que o de uma naja. Rapidamente induz a paralisia muscular, seguida por um período de enorme excesso de excitação (câimbras, tremores, espasmos), que finalmente termina em total paralisia


Cobra de barriga amarela: essa espécie tem o veneno de cobras terrestres mais tóxico do mundo. A produção máxima registrada por uma mordida é de 110mg, o suficiente para matar cerca de 100 seres humanos, ou 250.000 ratos. Ela é 10 vezes mais venenosa que a cascavel, e 50 vezes mais venenosa do que a naja comum. Felizmente, a taipan-do-interior não é particularmente agressiva e é raramente encontrada pelo homem na natureza. Nenhuma fatalidade já foi registrada, embora ela pudesse matar um ser humano adulto em 45 minutos.

TAIPAN: é considerada a cobra mais venenosa do mundo. Possui um veneno hemotóxico potente e complexo (que faz o sangue se liquifazer, destruindo as células sanguineas, podendo ocorrer hemorragias internas), inoculado através de duas presas fixas que tem na parte posterior da boca, capaz de matar um ser humano em menos de 45 minutos. Estima-se que o veneno disponível em suas presas seria capaz de matar 100 homens ou 250.000 ratos. A espécie taipan comum, por sua vez, é considerada a terceira cobra mais venenosa do mundo. É da mesma família da cobra Coral e Naja.

terça-feira, 14 de maio de 2013

O que é o sonho?


O sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura. Para a ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Os sonhos noturnos são gerados, na busca pela realização de um desejo reprimido. Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (movimentos rápidos dos olhos) e sonham, mas não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas, o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência.

Para a psicanálise o sonho é o "espaço para realizar desejos inconscientes reprimidos". O pesquisador James Allan Hobson considerou "os sonhos mero subproduto da atividade cerebral noturna
Os sonhos são cargas emocionais armazenadas no inconsciente, que projetam imagens e sons, e de acordo com Freud como sabemos que os objetos nos sonhos são derivados de cargas emocionais, podemos através deles chegar a raiz ou seja as emoções que geraram essa imagem ou som. Sendo estudados corretamente pode-se descrever, ou melhor, conhecer o momento psicológico do indivíduo. Fazendo uma analogia, poderíamos pensar numa espécie de "fotografia" do inconsciente naquele momento. Por isso, o sonho sempre demonstra aspectos da vida emocional. Nos sonhos sua linguagem são o que Freud denomina símbolos. Para entender seus variados conteúdos, temos que reconhecer o que os símbolos representam nesse sonho. semelhante ao que foi estudado por Stanislavski, a simbologia dos sonhos não só está dada pelo contato que o criador do sonho teve com o objeto mas também com o caráter, ou seja, a forma que ele lida relaciona sentimentalmente esse objeto a coisas de sua vida, um exemplo prático o mar pode apresentar distintas simbologias(que são importantes para a interpretação dos sonhos se trata de descobrir a raiz) variando de pessoa a pessoa(inclusive a época) para alguns o mar pode significar destruição (o mar destruindo estruturas deixadas na praia) mas para outros invasão (a água avançando e invadindo território) de acordo com Freud o que a pessoa sente quanto a esse objeto ou essa situação é fundamental para a interpretação de sonho1 ."Os sonhos são a estrada real para o conhecimento da mente" . Portanto as terapias psicanalíticas usam interpretação dos sonhos como um recurso para "elaborar". Carl Gustav Jung passou a se dedicar profundamente aos meios pelos quais se expressa o inconsciente. Em sua teoria, enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, o inconsciente coletivo é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar-se com certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Lugares lindos de se conhecer no mundo

As Pirâmides,  Egito




Machu Picchu, Peru




Taj Mahal, na Índia




Cidade do Cabo, África do Sul




O Grand Canyon, Estados Unidos






Como as baterias de celulares são recarregadas?

s baterias de celular são carregadas?


As baterias de celulares precisam estar energizadas para que o aparelho possa funcionar. Esse processo de carregar a bateria já deve ser feito logo depois da compra de um novo aparelho celular, uma vez que os mesmos vêm com pouca carga.

O tempo de recarga e a forma como você carrega seu celular determinam o tempo de vida útil da bateria. Para carregar uma bateria nova, conecte o carregador no telefone e em uma tomada e preste atenção na luz verde que indica que o carregamento da bateria está completo.

Algumas dicas são importantes para prolongar a vida de sua bateria:
Carregue a bateria em temperatura ambiente.

Nunca exponha as baterias a temperaturas abaixo de 0°C ou acima de 45°C.

Lembre-se que muitas baterias sofrem o chamado “efeito memória” e podem ficar viciadas quando não carregadas corretamente. Isso acontece quando você carrega a bateria quando ela não está completamente descarregada. Esse problema não só não afeta as baterias Li-Ion.

Então, ao carregar seu celular cuide para que o tempo de carga nunca seja excedido.

A importância do leite em nossas vidas.


Beber leite é um hábito moderno

Após a amamentação, nenhum mamífero consome leite (e muito menos de outra espécie). Este padrão também foi seguido, durante 2,5 milhões de anos, pelos vários hominídeos (incluindo o homo sapiens) que habitaram a terra. Só após a revolução agrícola (há cerca de 10.000 anos), através da domesticação dos animais, é que o consumo de lacticínios se tornou possível. O leite é, assim, um alimento relativamente recente na alimentação do ser humano (cujo genoma não sofreu alterações significativas nos últimos 10.000 anos), o que explica porque é que cerca de 70% da população adulta mundial apresenta intolerância à lactose (dificuldade/impossibilidade de digerir o açúcar do leite, que causa diversos efeitos adversos de ordem gastrointestinal – como flatulência, diarreia, dor e desconforto abdominais).

Efeitos do leite na saúde

Lacticínios, como leite, iogurte e queijo fresco, apesar de possuírem um Índice Glicêmico (IG) baixo (não provocam um aumento pronunciado da glicemia), aumentam muito a libertação de insulina pelo pâncreas, o que, a longo prazo, pode causar resistência à insulina, que está na origem de várias patologias/problemas de saúde e/ou fenômenos fisiológicos, como síndrome metabólica (inclui diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia, obesidade abdominal e estado pró-trombótico), síndrome do ovário poli quístico alguns cancros (próstata, mama e cólon), miopia, acne (foi associado em dois estudos epidemiológicos ao consumo de lacticínios), aumento da estatura (diversos estudos mostram o papel dos lacticínios) e diminuição da idade da menarca/puberdade.

As diferenças entre leite materno e bovino

É preciso realçar o que os nutricionistas e pediatras há muito sabem: as características nutricionais do leite materno e do leite bovino são diferentes e a amamentação deve ser mantida até que a criança tenha, pelo menos, um ano (em sociedades de caçadores recolectores, a amamentação varia entre dois a quatro anos).

As culpas da Beta-Celulina, um composto do leite

Existem estudos epidemiológicos e experimentais a associar o consumo de lacticínios a alguns cancros (a evidência é mais forte para ovários, testículos e próstata), à doença de Parkinson e à aterosclerose. Os motivos podem estar relacionados com o fenômeno da insulina atrás descrito e com alguns componentes do leite, designadamente a galactose, o cálcio e a beta-celulina (BTC), que foi descoberta recentemente. A BTC é um factor de crescimento presente em todos os leites, que sobrevive à pasteurização, processamento (sendo também encontrada no queijo) e processo digestivo e tem a capacidade de entrar na circulação e ligar-se a um receptor (EGFR) que existe em diversas células epiteliais e aumentar a sinalização desse receptor, o que vai dar origem a uma série de fenómenos dentro das mesmas. No caso de diversos cancros (mama, cólon, próstata, ovários, pulmões, pâncreas, bexiga, estômago, cabeça e pescoço), sabe-se que há um aumento do número de EGFR e da sinalização dos mesmos e que existem já ensaios clínicos de fase II para fármacos que bloqueiam o receptor e a sua sinalização. Apesar de ainda não terem sido realizados estudos sobre leite, BTC e cancro em humanos, pensa-se conhecer o mecanismo e existem estudos epidemiológicos que ligam o consumo de lacticínios a alguns destes cancros (próstata, ovários, pulmões, estômago e pâncreas).

Leite e Osteoporose: magnésio é um mineral esquecido

Culturalmente, o leite é tido como um alimento perfeito, por conter proteínas de alto valor biológico e cálcio, que é defendido como a melhor arma contra a osteoporose, o que não é totalmente verdade. É importante esclarecer que o cálcio é apenas um dos nutrientes necessários para a prevenção da osteoporose. Se existir um desequilíbrio entre o cálcio e os outros nutrientes (por défice de ingestão dos mesmos e/ou excesso de ingestão de cálcio), pode até ocorrer desmineralização óssea. Um desses nutrientes é o magnésio, cuja deficiência (que pode ser causada por um consumo elevado de cálcio) pode causar diminuição da densidade mineral óssea e aumentar o risco de fracturas. O rácio cálcio/magnésio ideal varia entre 1/1 e 2/1, ao passo que o rácio cálcio/magnésio no leite e derivados é superior a 10/1.

Congresso Nutricional Funcional

A Nutrição Funcional foi desenvolvida pelos nutricionistas Gabriel de Carvalho e Valéria Paschoal, a partir do conceito de medicina funcional criado pelo Institute for Functional Medicine, existindo atualmente cursos de especialização e de pós graduação em nutrição funcional em várias universidades brasileiras.
Pedro Bastos, mestrando em nutrição e dietética e coordenador do curso de nutrição do CEF (Centro de Estudos Fitness) foi um dos dois portugueses convidados, juntamente com Ângelo Lucas, Do., DHom, do Instituto Bioterapia Ângelo Lucas, para o III Congresso Internacional de Nutrição Clínica Funcional, bem como do II Congresso Brasileiro de Nutrição Desportiva Funcional, que decorreram em São Paulo, Brasil, nos passados dias 27 e 28 de Julho. Para além dos "Efeitos do leite na individualidade bioquímica", foram debatidos temas como Avaliação Laboratorial Funcional, o papel da Nutrição na Estética e na Dermatologia, nas doenças de Alzheimer e Parkinson e na Fibromialgia, ao papel da Nutrigenômica na Performance Desportiva e na modulação do sistema imunitário em atletas.
Dieta do paleolítico sem leite
Se tal não basta para desmistificar a ligação entre leite, cálcio e osteoporose, olhemos para os registos fósseis, que indicam que os nossos antepassados do Paleolítico, apesar de não beberem leite após a amamentação, apresentavam uma densidade mineral óssea igual ou superior à de actuais adultos saudáveis e activos, o que, provavelmente, se devia à exposição solar (que permite a síntese de vitamina D), ao trabalho físico regular e intenso (o exercício, em especial o treino de força, é essencial para manter a saúde óssea) e ao consumo elevado de vegetais.

Se não beber leite, como posso obter cálcio?

Ao contrário do que se pensa, é possível obter quantidades adequadas de cálcio sem recorrer aos lacticínios. Os vegetais, como os brócolos e couves, também contêm cálcio, e apresentam uma taxa de absorção deste mineral semelhante à dos lacticínios. Apesar de grama por grama, os lacticínios conterem mais cálcio que os vegetais indicados, estes contêm um rácio cálcio/magnésio entre 2/1 e 3/1, além de vitamina K (outro nutriente importante na manutenção da saúde óssea) e potássio (que é o principal precursor de bicarbonato, que demonstrou em estudos de intervenção de curto e longo prazo diminuir a excreção de cálcio e melhorar o metabolismo ósseo). Além disso, um estudo epidemiológico de 12 anos realizado pela Universidade de Harvard com mais de 77 mil mulheres verificou que a ingestão de dois ou mais copos de leite por dia estava associado a maior incidência de fracturas nestas mulheres.
Pelo contrário, o consumo elevado de vegetais, além de todos os benefícios já conhecidos pelo público, está associado a uma maior densidade mineral óssea e menor incidência de fracturas.

E quem não vive sem leite?

Com base na minha análise, não considero o leite de outra espécie um alimento adequado ao ser humano. No entanto, obviamente que indivíduos que não sofram de nenhuma das patologias associadas ao consumo de leite e derivados (nem tenham risco de as desenvolver) e sigam um estilo de vida saudável (exercício moderado regular e dieta e sono adequados) poderão consumir pequenas quantidades de lacticínios fermentados de agricultura biológica, desde que tal não produza reações adversas. Walter Willett da Harvard School of Public Health recomenda que não se exceda um copo de leite por dia. Do mesmo modo, atletas também poderão beneficiar da utilização (em especial após o treino) de um suplemento que contenha proteínas isoladas do soro de leite (extraídas por membrana de fluxo cruzado com valores de corte entre 3 e 30 kiloDaltons), se tal não causar efeitos indesejáveis.

sábado, 11 de maio de 2013

Agressividade infantil e adolescente como resolver?


Agressividade Infantil e Adolescente, o que fazer?

Para compreendermos a agressividade infantil e adolescente precisamos inicialmente aprender a distinguir a agressividade “normal” que é inerente a determinada faixa etária ou sexo e a agressividade que ultrapassou os limites, ou seja, que está fora dos padrões esperados para cada indivíduo.



Destaco algumas etapas do desenvolvimento cognitivo da teoria piagetiana que considero fundamentais para a compreensão dos estágios de todo o processo evolutivo do indivíduo.:

Sensório-motora (0 – 2 anos): é uma fase em que a criança conhece o mundo através dos sentidos e reage ao mundo através de reflexos, levando tudo à boca (fase oral)

Pré-operatória (2 – 7 anos): a criança começa a assimilar noções de tempo e a seu modo não há conserto para suas ações e o raciocínio lógico ainda não está desenvolvido.
É bastante comum a criança até os dois anos de idade morder um coleguinha, ou seja, é esperado para sua fase e não deve ser considerado como uma ação agressiva.

A criança nesta fase é egocêntrica, ou seja, imagina que o mundo gira em torno dela. Ela ainda não aprendeu a expressar em palavras os seus sentimentos e vontades e por isso usa o corpo empurrando, gritando, chorando ou mordendo como uma forma mais eficiente e rápida de conseguir o que quer .

Alguns comportamentos comuns:
A disputa por um brinquedo
A disputa pela atenção de alguém que gosta
Birras e gritarias quando contrariado

Estes são comportamentos muito comuns nesta fase, porém, é fundamental a imposição de limites, interferindo quando necessário e explicando que a atitude não é correta, já que as crianças desta idade não tem a noção de que estão machucando o “outro”. A agressividade pode ter o objetivo de machucar ou não, muitas vezes surge apenas pelo desejo de conquistar algo.

Aos 3 anos aproximadamente as crianças descobrem a satisfação de se comunicar e brincar com o outro, iniciando sua socialização, pois já sabem se comunicar bem melhor em função de uma linguagem muito mais rica. Neste período a criança já tem uma intenção nas reações de agressividade, mas não evoluem. É necessário o início da imposição de limites básicos com pequenas punições sem atitudes violentas, já que atos violentos geram mais violência.

Entre 4, 5 e 6 anos surgem os grupos ou panelinhas onde alguns comportamentos agressivos podem surgir em função das diferenças individuais: conflitos, brigas, provocações e desvalorização do outro, podem nomear-se por apelidos pejorativos e humilhantes.

Já na fase de 7 a 10 anos trata-se de uma faixa etária perigosa em que a criança já tem noção do que pode ou não fazer.
 Os comportamentos agressivos podem ter início no ambiente escolar. A escola é um meio de convívio social onde a criança necessita adaptar-se ao grupo, conquistar amigos, ou seja, precisa aprender a relacionar-se com pessoas diferentes, fato que significa sair de um mundo mais “protegido” que é o meio familiar e migrar muitas vezes para um mundo de mais difícil convivência.



Pais e professores devem estar atentos à intensidade e freqüência das atitudes agressivas das crianças e, caso necessário buscar um apoio psicológico para extinção de tais comportamentos a fim de que eles não se instalem definitivamente e ocasionem um problema de conduta mais sério no futuro bem como traumas , complexos, bloqueios emocionais, e outros.

Existem acontecimentos na vida da criança como: a chegada de um irmãozinho, uma doença ou a perda de alguém querido, ou ainda a mudança de ambiente como a casa ou escola, que podem suscitar na criança reações passageiras de agressividade.

São situações consideradas comuns, porém, é preciso prestar a devida atenção para que tal comportamento não evolua para um transtorno de conduta na adolescência e posteriormente na vida adulta podendo gerar pessoas com transtornos psicológicos ou de personalidade como: suicidas, bandidos, assassinos, depressivos, e, ainda possíveis vítimas ou agentes de bullyng etc.
Outro fator fundamental que pode influenciar ou incentivar o comportamento agressivo é o ambiente em que a criança vive e interage no dia a dia: a relação familiar.



O comportamento agressivo pode surgir como o resultado de uma relação familiar deficiente em vários aspectos desde a infância. As reações agressivas que tem origem na infância podem apresentar diversas formas. Inicialmente podem ser demonstradas através de estados emocionais descontrolados e com o passar do tempo e a maturidade podem tornar-se ações mais elaboradas e premeditadas quando adulto.

Devem ser considerados também: aspectos individuais, inatos, como sexo e hereditariedade. Alguns estudos mostram que as meninas se socializam mais facilmente em relação aos meninos que geralmente tendem a demonstrar mais problemas na adaptação social, distinguimos assim uma tendência maior do aspecto da agressividade em relação ao sexo masculino.

É importante acrescentar que a agressividade infantil pode se manifestar em diferentes locais e intensidades e também pode se direcionar diretamente a quem causou a raiva ou a outra pessoa ou objeto . Outro fator importante é que a agressividade só pode ser considerada como um desvio de conduta quando manifestada por um longo período de tempo e quando não existem acontecimentos importantes que estejam trazendo instabilidade emocional para a criança.



Pontos importantes a serem observados:
Falta de imposição de limites; muitos pais acabam sendo extremamente permissivos com os filhos
Demasiada tolerância diante do surgimento da agressividade, ou seja, quando pais e professores não intervêm de maneira correta frente às primeiras evidências de traços agressivos da criança
Cobrança excessiva dos pais e poucos elogios: pode ocasionar a baixa auto-estima e o sentimento impotência em realizar tarefas, podendo sentir-se sempre abaixo das expectativas, inferiorizada e desqualificada em relação a outras. Não consegue realizar suas tarefas diárias, torna-se agressiva, pois tem medo e ansiedade. Os pais devem auxiliá-las na execução de trabalhos sem excesso de cobranças e melhorar a auto-estima convencendo-a de suas qualidades e seus méritos.
Desamparo: a criança pode sentir-se desamparada, demonstrar dificuldades em relacionar-se ou manter-se isolada do grupo: pode ser um sinal de que não sabe pedir ajuda, podendo ter explosões de ódio e revolta
Abuso de poder: maus tratos, agressão física ou qualquer tipo de abuso : sexual, físico ou emocional (qualquer tipo de controle que o adulto pode faze)
Pouca afetividade na relação familiar onde não há expressão dos afetos, os pais agem de forma extremamente racional e lógica, como uma forma de manter uma distância emocional na relação com os filhos reprimindo assim sensações, desejos e sentimentos
Formas de torturas psicológica
A qualidade na relação com os filhos é fundamental principalmente até os 6 anos de idade que é o período de formação de personalidade. A compreensão, afeto, prazer , o elogio e o diálogo são formas muito eficientes de lidar com a criança no seu dia a dia.
Negligência ou omissões causam danos psicológicos, cognitivos e físicos a crianças. Elas precisam ter conhecimento sobre os acontecimentos do meio familiar, sentir-se participativa e integrante do âmbito familiar.

Como a Psicoterapia Pode Ajudar:

As crianças e adolescentes tem muita dificuldade em expressar seus sentimentos, pois estão em fases ainda imaturas e em desenvolvimento, onde muitos sentimentos são confusos e complicados de compreender e lidar com estes.

A psicoterapia utiliza-se de técnicas muito eficazes que facilitam a comunicação do paciente em relação a seus sentimentos, pois utilizam uma linguagem muito mais acessível.

O psicólogo irá investigar o histórico do paciente a fim de compreender qual ou quais são os fatores que estão suscitando impulsos agressivos na criança ou adolescente, em que momento e situação isto ocorreu, além de trabalhar com esses possíveis traumas e bloqueios psicológicos de forma a extinguir tais comportamentos ajudando-lhe a ser um adulto mais feliz.

Este é um trabalho que deverá ser realizado em conjunto com a família (principalmente com os pais), escola e demais relações importantes da criança, pois além da psicoterapia da criança, os pais também serão orientados no sentido de ajudar a criança neste processo.